A Polícia Federal divulgou informações indicando que Elon Musk e o X/Twitter têm contribuído para a viabilidade da "reorganização da Milícia Digital", permitindo que brasileiros acessem links de outros países para assistir transmissões ao vivo feitas por políticos e militantes bolsonaristas investigados.
Essa posição foi destacada em um relatório entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga as milícias digitais, no qual Musk foi incluído após ataques contra o magistrado.
De acordo com a coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, o relatório da PF afirma: "Nesse momento, vislumbra-se uma reorganização da Milícia Digital dentro dos limites da jurisdição brasileira, com a reativação dos perfis na plataforma X, por meio da disponibilização aos usuários brasileiros de links para acompanharem lives transmitidas fora do país pelos investigados."
Além disso, a PF acusou o X/Twitter de mentir ao afirmar que seguiu decisões judiciais e manteve contas bloqueadas. O relatório também explica que os usuários da plataforma estão utilizando o recurso "Spaces" para possibilitar que perfis bloqueados participem de transmissões ao vivo e sejam ouvidos no Brasil, caracterizando uma espécie de "gabinete do ódio 2.0".
A tensão entre Elon Musk e Alexandre de Moraes teve início no início de abril, quando o empresário chamou o ministro de "ditador" e ameaçou reativar contas bloqueadas por decisões judiciais.
Em resposta, Moraes incluiu Musk nos inquéritos das milícias digitais e do 8 de janeiro de 2023, que investigam possíveis ataques contra as instituições democráticas.
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