O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) , que se tornou alvo da Polícia Federal (PF) pela suspeita de ter recebido materiais obtidos ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), reclamou que ainda não teve total acesso à investigação.
Segundo a defesa do vereador, foi enviado "apenas 157 páginas dos autos da medida cautelar de busca e apreensão, realizada no dia 29 de janeiro". O advogado de Carlos, Antônio Carlos Fonseca, afirmou que ainda não sabe quantas páginas faltam e que precisa receber a cópia do inquérito.
O acesso aos autos foi autorizado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, no dia 31 de janeiro. Um novo pedido da defesa foi enviado ao Supremo na sexta-feira (2).
A PF cumpriu os mandados de busca e apreensão no gabinete da Câmara Municipal do Rio e na residência de Carlos Bolsonaro na última segunda-feira (29). Foram nove mandados de busca e apreensão cumpridos : um em Angra dos Reis, cinco no Rio de Janeiro, um em Brasília, um em Formosa (GO) e um em Salvador (BA).
Segundo a corporação, os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático alheio e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial.