Após deixar o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino disse nesta quinta-feira (1º) que apresentará cinco projetos de lei entre os 21 dias em que ficará no Senado, até tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos projetos pretende impedir acampamentos em frente a quartéis do Exército, como os que foram organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro após o reconhecimento da vitória de Lula nas eleições de 2022.
“Eu lembro de uma expressão do marechal Castello Branco, primeiro ditador da Ditadura Militar, em que ele falava e criticava as vivandeiras de quartel, que na visão dele eram os civis que iam para as portas de quartéis provocar os militares a praticarem um golpe de Estado. Então esse [projeto de lei] vai ser ‘anti-vivandeiras’”, disse Dino.
Desde que Dino deixou o senado para se tornar ministro, o mandato foi assumido pela suplente Ana Paula Lobato (PSB). Em dezembro, Dino havia expressado o desejo de voltar temporariamente ao plenário para poder se despedir.
“Eu vou ao Senado me despedir lá. Eu não posso ser senador e não subir naquela tribuna. Ia ser uma frustração o resto da vida. Vou negociar com o ministro Barroso e com o presidente Pacheco um jeito de ir lá. Nem que seja sei lá quando”, disse o agora ex-ministro da Justiça.