O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão disse nesta quarta-feira (24) que não conhecia Marielle Franco e que não teme uma delação contra ele em relação ao assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Em delação vazada pela imprensa, o ex-PM acusado de matar Marielle, Ronnie Lessa, teria denunciado Brazão como mandante do crime.
"Não conhecia e não me lembro da vereadora Marielle Franco, nem como assessora do [Marcelo] Freixo. Não me lembro da presença dela no plenário. Infelizmente, ouvi falar muito dela quando aconteceu essa trágica ocorrência com ela e com o Anderson. Eu não tinha relação pessoal com eles", disse Brazão ao UOL News.
O conselheiro do TCE-RJ relatou que não teve acesso aos inquéritos e não garante que há alguma delação envolvendo seu nome. Ele também negou qualquer relação com Élcio Queiroz e Ronnie Lessa, os ex-PMS suspeitos de terem assassinado Marielle e Anderson.
Em outra entrevista, desta vez à CNN, Brazão levantou questões sobre a suposta delação: "Eu não sou mandante nem da Marielle, nem do Anderson, nem de ninguém. Então se esse marginal, o Ronnie Lessa, falou isso, nós vamos ficar com a seguinte questão: a quem interessa? A quem eles estão protegendo? Porque você pode ter certeza que a mim e à minha família não é".
"Eu não tenho a menor preocupação com isso, além do aborrecimento e do desgaste [...] Isso caso eles tenham realmente feito isso e caso o STJ acredite nessa palhaçada, nessa fanfarronice deles", completou o conselheiro.