O deputado federal José Medeiros (PL-MT) enviou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que permite o porte de arma para parlamentares nas dependências do Congresso Nacional. Segundo parlamentar, a medida visa dar "segurança" aos deputados alvos de agressões físicas.
O projeto é uma resposta a agressão protagonizada pelos deputados Washington Quaquá (PT-RJ) e Messias Donato (Republicanos-ES). Durante a sessão de promulgação da Reforma Tributária, Quaquá deu um tapa na cara de Donato e proferiu palavras homofóbicas contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Na justificativa do projeto, Medeiros afirma que os debates políticos "extrapolam os muros" e pode gerar "agressões físicas e, até mesmo, atentado à vida". Para o parlamentar, a medida é uma proteção contra "desequilibrados em busca de notoriedade".
O porte de armas no Congresso está proibido desde 1963, após um tiroteio no plenário do Senado Federal. Na época, o senador Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PDC-AL), atirou contra Silvestre Péricles Monteiro (PSD-AL), seu desafeto político.
Entretanto, a bala atingiu o senador José Kailara (PSD-AC), que não resistiu aos ferimentos e morreu aos 39 anos. Ele completava cinco meses de mandato no Congresso no dia do atentado.
Arnon foi inocentado do crime por suposta legítima defesa. Ele se manteve no Senado até 1981.