Nesta sexta-feira (22), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda turno, o orçamento da cidade para 2024, totalizando R$ 111,8 bilhões e representando um aumento de 16,6% em relação ao orçamento deste ano.
O projeto, encaminhado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) em setembro, foi aprovado simbolicamente, sem a contagem de votos. No entanto, as bancadas do PT e PSOL se posicionaram contrárias à proposta.
Um ponto relevante do Orçamento é o destaque dado à habitação, especialmente em um ano eleitoral. O prefeito terá à disposição R$ 3,8 bilhões para programas habitacionais, um aumento de quase 50% em comparação a 2023.
Essa é uma medida que ganha importância, considerando que a habitação é a principal bandeira do adversário de Nunes, Guilherme Boulos.
Durante o processo eleitoral, Lula demonstrou seu apoio a Boulos na corrida pela Prefeitura, participando de um evento de assinatura do contrato de obras habitacionais.
Em resposta, o prefeito Ricardo Nunes destacou a concretização de projetos durante a entrega de moradias.
Medidas populares e eleitorais foram incorporadas ao Orçamento, incluindo a tarifa gratuita de ônibus municipais aos domingos, uma iniciativa que pode beneficiar a reeleição de Nunes.
A Secretaria de Mobilidade e Trânsito também recebeu um incremento de 67%, atingindo R$ 10,4 bilhões para a implementação do programa.
As previsões orçamentárias setoriais contemplam o aumento do orçamento da SPTrans, entre as empresas subsidiadas pela prefeitura, que passará de R$ 10,8 bilhões para R$ 12,1 bilhões em 2024.
Na distribuição para as pastas, a Secretaria de Educação lidera com R$ 21,8 bilhões, seguida pela Saúde com R$ 17,8 bilhões. Entre as subprefeituras, Sé é a primeira com R$ 127 milhões, seguida por São Mateus com R$ 74 milhões.
O próximo passo é o projeto seguir para a sanção do prefeito Ricardo Nunes, consolidando as diretrizes orçamentárias para o ano de 2024 na cidade de São Paulo.