A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) apresentou ao Supremo Tribunal Federal a alegação de que a publicação de um vídeo questionando o sistema eleitoral, feita por Bolsonaro em seu perfil no Facebook, foi um ato "acidental".
A argumentação busca contestar a inclusão do ex-presidente como investigado no inquérito sobre atos golpistas.
De acordo com informações do Portal G1, a defesa enfatizou que a ausência do vídeo no perfil de Bolsonaro representa a "ausência de materialidade delitiva" que justifique sua manutenção como investigado. A mensagem foi postada dois dias após a invasão das sedes dos três Poderes em Brasília, ocorrida em 8 de janeiro.
O contexto da publicação é relevante, pois Bolsonaro já havia utilizado um argumento semelhante em abril, quando prestou depoimento à Polícia Federal.
Na ocasião, o ex-presidente alegou que a postagem ocorreu sob o uso de medicamentos e que não tinha a intenção de incitar subversão.
A defesa destacou que o vídeo foi retirado do ar algumas horas após ser postado, ressaltando que a ação foi realizada de forma rápida.
A justificativa é de que Bolsonaro estava internado nos Estados Unidos devido a problemas intestinais, e a publicação teria sido acidental, já que ele tentava salvá-la, mas acabou compartilhando sem intenção sob o efeito de medicamentos.
Em relação à decisão judicial que determinou a retirada do vídeo do ar, a empresa Meta, proprietária do Facebook, informou ao STF que não tinha mais acesso ao material apagado.
A defesa questiona o uso da plataforma "metamemo" para recuperar informações da postagem, argumentando cautela na análise do conteúdo como prova.
Alegam que a associação entre um vídeo apagado e supostamente salvo não deve ser considerada como uma correspondência definitiva.