A 4ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em Brasília durante o último final de semana, tornou-se palco de intensos conflitos políticos e agressões entre participantes com diferentes orientações ideológicas.
O evento, que reuniu mais de 2,2 mil jovens entre 15 e 28 anos, foi marcado por uma série de incidentes que envolveram representantes da União Juventude e Liberdade (UJL), grupo composto por membros de partidos como Novo, Podemos, União Brasil e PL.
No sábado, durante uma discussão temática, o grupo de jovens de direita relatou ter sido alvo de agressões físicas, incluindo socos, empurrões, atos de difamação e injúria, além de hostilizações por parte de lideranças do espectro político oposto.
Já a ala composta por jovens de esquerda acusou o outro grupo de práticas preconceituosas.
A situação chegou a um ponto em que a Polícia Militar do Distrito Federal precisou intervir, esvaziando o plenário e escoltando os militantes de direita para garantir a segurança.
Após o ocorrido, cinco jovens registraram ocorrência na Polícia Civil, alegando diversos crimes, como agressões físicas, difamação, injúria, injúria real e dano. O caso está atualmente sob investigação para apurar as circunstâncias e responsabilidades.
Lula participou do evento
Além dos episódios de confronto, a conferência teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de abertura. O chefe do Executivo federal celebrou a aprovação do ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal.
“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte desse país um ministro comunista, um companheiro da qualidade”, afirmou o petista.