Paulo Gonet foi questionado sobre direitos da comunidade LGBTQIA+ e sobre cotas durante a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que analisa as indicações dele a Procuradoria Geral da Republica (PGR) e de Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os questionamentos sobre o tema vieram do senador Fabiano Contarato (PT-ES) estavam direcionados especialmente ao casamento homoafetivo, adoção por casais de mesmo sexo e cotas raciais.
Contarato perguntou se Gonet é contra os direitos adquiridos por homossexuais de se casarem no civil e de entrarem na fila de adoção.
"Creio que estamos em um momento onde essas situações estão regradas pela Lei, pela jurisprudência e não tenho interesse de ser contrário. Não posso ser contra sobre o que vocês senadores, os deputados federais e o próprio STF disseram que está na Constituição", respondeu Gonet.
Ao falar de cotas raciais, Gonet disse que aproveitaria a pergunta e o momento para esclarecer falas e opinições atribuidas a ele, quando um artigo acadêmico escrito por ele nos anos 2000, foi descontextualizado.
"A cota é um dos instrumentos do estado e deve ser usado nos casos mais impactantes. O uso da cota está definido pelo senado e pelos deputados federais. A é um privilégio legitimo enquanto houver as diferenças contrárias a justiça social.
Contarato também questionou o candidato a procurador da PGR sobre o respeito ao estado laico.
"Não tomo a bíblia como Constituição e nem a Constituição como bíblia. São livros diferentes", argumentou Gonet sobre o tema.