Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ricardo Stuckert / PR - 21.11.2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o Partido dos Trabalhadores em um evento promovido nesta sexta-feira (8) pela sigla para debater as eleições municipais de 2024. O chefe do Executivo federal perguntou aos seus colegas de legenda se estão falando “o que o povo quer ouvir”.

No início do seu discurso, Lula defendeu a democracia e passou a falar sobre estratégias eleitorais do PT para vencer o maior número de prefeituras no ano que vem. Porém, na avaliação dele, para isso ocorrer, os petistas precisam dialogar mais com os eleitores brasileiros.

"Nós temos que nos perguntar por que que um partido que, muitas vezes no discurso pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados? Por que tão pouco se a gente é tão bom? Por que tão pouco se a gente acha que a gente poderia ter muito mais? É preciso que a gente tente encontrar resposta dentro de nós. Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades?", pontou.

Lula usou como exemplo a relação do PT com os evangélicos. Ele apontou que o setor prefere votar em candidatos conservadores do que membros da esquerda brasileira.

"Ou será que temos que aprender com o povo como é que a gente fala com ele? Como é que a gente vai chegar nos evangélicos, companheira [deputada] Benedita? Se fosse fácil, colocava você, que é a mais linda evangélica deste país para resolver os nossos problemas, mas não é você. Não é individualmente um problema de uma pessoa. É uma narrativa que temos que aprender para conversar com essa gente", discursou.

Lula ainda declarou que os evangélicos são “gente trabalhadora, gente de bem, gente que muitas vezes agradece à igreja por ter tirado o marido da cachaça para cuidar da família".


Por fim, o presidente ressaltou a necessidade de encontrar mecanismos para dialogar com o agronegócio. Porém, ele destacou que o setor é muito beneficiado pelo seu atual governo.

"O agronegócio, que votou majoritariamente contra nós, nunca recebeu a quantidade de dinheiro que recebeu neste plano safra que fizemos agora. E vamos fazer mais. Não queremos fazer para eles. Queremos fazer pelo país", concluiu.

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