Nicolás Maduro
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Nicolás Maduro


O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, propôs uma lei visando a criação de uma província na região disputada de Essequibo, que há muito tempo é alvo de tensões entre Venezuela e Guiana.

A iniciativa surge após a realização de um referendo no domingo (4), no qual 95% dos votos foram favoráveis à incorporação de Essequibo ao território venezuelano.

Maduro decretou uma série de medidas, incluindo a aprovação da Lei Orgânica para a defesa da Guiana Esequiba na Assembleia Nacional.

Além disso, estabeleceu o Alto Comissariado para a Defesa da Guiana Esequiba, a Zona de Defesa Integral da Guiana Esequiba, com áreas de Desenvolvimento Integral, e o Plano de Assistência Social à população local.

O referendo venezuelano abordou questões cruciais, como a rejeição da fronteira atual, apoio ao Acordo de Genebra de 1966 e a criação do estado Guiana Essequiba.

No entanto, a Corte Internacional de Justiça decidiu que a Venezuela não pode anexar Essequibo, invalidando os resultados do referendo.

A disputa por Essequibo é de longa data, remontando a mais de um século, e representa 70% do território da Guiana, com descobertas significativas de petróleo em 2015.

Os argumentos em torno da disputa baseiam-se em um laudo de 1899 e um acordo de 1966 com o Reino Unido.

A decisão da CIJ foi recebida com reações diversas. Maduro considera a decisão como uma interferência e violação da Constituição, enquanto a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, afirma que o referendo ocorrerá, ignorando a decisão da CIJ.


A disputa por Essequibo permanece como um desafio persistente e complexo, com implicações geopolíticas e econômicas.

A decisão final sobre a propriedade da região pode levar anos, enquanto as nações envolvidas buscam posicionar-se em meio a esse atrito.

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