Fernando Haddad ao lado de Lula e Marcos Uchôa
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Fernando Haddad ao lado de Lula e Marcos Uchôa


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), participou nesta terça-feira (21) do programa "Conversa com o Presidente", conduzido por Marcos Uchôa e transmitido nas redes sociais de Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante a entrevista, Haddad lançou críticas contundentes ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), acusando-o de ter promovido uma "bagunça" no orçamento federal do ano passado.

Haddad não poupou palavras ao afirmar que Bolsonaro teria gastado expressivos US$ 60 bilhões na tentativa de conquistar votos e vencer as eleições contra Lula.

“Acho que todo mundo conhece um pouco a história de 2022. O presidente Lula viveu na pele uma eleição, talvez uma das mais difíceis da vida dele, porque você tinha uma pessoa na Presidência disposta a tudo para reverter um quadro que parecia desfavorável e se confirmou desfavorável”, relatou.

“Foi um descontrole, todo mundo lembra o que o Bolsonaro fez com os governadores, tomou dinheiro dos governadores, depois deu calote em precatórios, depois adiou o pagamento de dívidas. Foi uma bagunça no orçamento federal”, completou.

Essas alegações surgem em meio a uma análise da equipe de transição do governo petista, que identificou um volume "preocupante" de recursos destinados a diversas iniciativas, principalmente auxílios.

“Auxílios em véspera de eleições, auxílio caminhoneiro, auxílio taxista, auxílio isso, auxílio aquilo. Bom, na soma total, estamos falando de algo em torno de R$ 300 bilhões”, comentou Haddad.

O ministro da Fazenda enfatizou que, desde o início do governo, têm se esforçado para colocar ordem no Orçamento, lidando com os impactos dos gastos eleitorais mencionados.

“Estavam falando em algo em torno de US$ 68 bilhões, que foram gastos para tentar ganhar uma eleição. Nós estamos tentando, há um ano, colocar ordem no Orçamento”, acrescentou.


No tocante à relação com o Congresso, Haddad destacou o apoio legislativo às medidas econômicas do governo, incluindo a proposta de aumentar impostos sobre os mais ricos.

“Não podemos subestimar as tarefas que temos pela frente. É tudo muito desafiador, porque o problema herdado é grande. Nós estamos com o apoio do Congresso, é bom que se diga. O Congresso tem apoiado as medidas econômicas, no seu tempo. Não é fácil digerir. Tem que entender, saber quem não está pagando, tem que pensar em pagar. O rico que não pagava imposto, tem que começar a pagar”, concluiu.

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