O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou por telefone nesta quinta-feira (16) com o presidente de Israel, Isaac Herzog. A conversa acontece em meio à guerra na Faixa de Gaza entre o exército israelense e o grupo terrorista Hamas.
Segundo informações do Palácio do Planalto, Herzog pediu a Lula que reforce seu apelo para que reféns sejam libertados pelo Hamas. O presidente brasileiro afirmou que atenderá o pedido.
Israel tem jogado bombas em Gaza nas últimas semanas como resposta ao ataque praticado pelo Hamas em 7 de outubro, em um território israelense.
Por conta da guerra, o Itamaraty passou a trabalhar para repatriar brasileiros que estavam em Israel e também na Faixa de Gaza. Nesta semana, 34 brasileiros saíram da zona da guerra e voltaram ao Brasil.
A saída do grupo ocorreu pela fronteira com o Egito. Os brasileiros precisaram da autorização do governo egípcio e também de Israel para deixar Gaza.
A lista de liberação de estrangeiros começou em 1° de novembro, mas o grupo de brasileiros saiu apenas no dia 12, o que ocasionou em reclamações do governo do Brasil.
Internamente, Lula chegou a reclamar com aliados, mas foi aconselhado a não fazer críticas públicas para não ter represálias nas negociações.
Com a liberação dos brasileiros, o presidente da República aumentou o tom e fez severas críticas ao governo israelense.
Ele defendeu um cessar-fogo para poder ocorrer um tratado de paz e chegou a dizer que Israel "parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá”.
"É preciso que a Organização das Nações Unidas convoque alguma coisa especial, porque essa guerra do jeito que vai ela não tem fim. Não tem fim. Eu estou percebendo que Israel parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do estado Palestino para que eles possam viver em paz junto com o povo judeu", falou Lula ao recepcionar, na Base Aérea de Brasília, os brasileiros que chegaram de Gaza, na segunda (13).