O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Novo-PR), que foi cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por cometer ilegalidades, manifestou críticas à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que permitiu a atuação de seu colega, o ministro Alexandre de Moraes, como assistente de acusação na ação que investiga uma possível agressão à sua família no aeroporto de Roma, na Itália.
“Toffoli autorizou Moraes, esposa e filhos do ministro como assistentes de acusação no caso de suposta agressão. Não existe assistente de acusação na fase de investigação. Quando a PGR falar uma coisa, e Moraes falar outra, vocês acham que Toffoli vai decidir a favor de quem?", publicou Dallagnol.
Toffoli aceitou o pedido de Alexandre de Moraes, que pleiteou a inclusão de sua esposa e três filhos como assistentes de acusação no inquérito em questão, apesar da manifestação contrária da Procuradoria-Geral da República.
A PGR argumentou que um assistente de acusação só pode atuar em uma ação penal, não na fase de inquérito, o que violaria a competência exclusiva do Ministério Público.
A decisão do ministro Toffoli foi vista como controversa, e Deltan Dallagnol não hesitou em expressar sua insatisfação.
Em sua crítica, Dallagnol destacou que a permissão concedida a Moraes por Toffoli era incompatível com princípios fundamentais de uma sociedade democrática e republicana, como a igualdade, a legalidade e o princípio republicano.
O foco da investigação em questão recai sobre uma alegada agressão da qual Alexandre de Moraes e um de seus filhos teriam sido vítimas, por parte de um empresário e sua família, no aeroporto de Roma.