TSE volta a julgar ações contra Bolsonaro sobre suposto abuso de poder

Ex-presidente é acusado de usar as comemorações do 7 de Setembro de 2022 para campanha eleitoral

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - 12/07/2023
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Nesta quinta-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) volta a julgar as três ações contra a conduta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as comemorações de 7 de setembro de 2022.  Ele é julgado por supostas práticas de abuso de poder durante as celebrações.

O julgamento vai ser retomado com os votos do relator, o ministro Benedito Gonçalves, e dos demais integrantes da Corte,  após ter sido suspenso na noite de terça-feira (24).

Além de Bolsonaro, seu então candidato a vice-presidente, Braga Netto, também é acusado de abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Eles teriam, segundo a acusação, supostamente se beneficiado com os atos da comemoração do Bicentenário da Independência.

À época, os eventos foram realizados em Brasília e no Rio de Janeiro, e foram pagos com dinheiro público. As solenidades ainda foram transmitidas pela TV Brasil .

Durante os eventos, Bolsonaro participou de atos de campanha que haviam sido montados de forma paralela às celebrações oficiais.

As ações foram movidas pelo PDTpela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que alegam desvirtuamento na finalidade dos eventos e uso do 7 de Setembro para realizar atos de campanha, utilizando a "máquina pública em benefício próprio".

Eles pedem a inelegibilidade de Bolsonaro, além da aplicação de uma multa.

Em caso de condenação, Bolsonaro pode ficar inelegível por oito anos pela segunda vez. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes. A punição também pode atingir o general Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro.

Em junho deste ano, o ex-presidente foi condenado pela Corte Eleitoral à inelegibilidade por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao usar uma reunião com embaixadores, em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.

— Com informações de Agência Brasil