Abin
Reprodução: Agência Brasil
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A Polícia Federal realiza nesta sexta-feira (20) uma operação para investigar possíveis irregularidades de servidores da  Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) .

A PF ainda cumpre 25 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva. A operação, expedida pelo Supremo Tribunal Federal, ocorre nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. 

A investigação indica que o uso do sistema se intensificou nos últimos anos do governo anterior para vigiar ilegalmente servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até juízes e integrantes do STF.

A Abin é quem cuida da inteligência do governo brasileiro. Ela foi responsável por comunicar autoridades locais de segurança do Distrito Federal dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, por exemplo. A agência produz relatórios sobre potenciais ameaças internas e externas ao país.

O ministro Alexandre de Moraes também pediu o afastamento do cargo de dois diretores da Abin que continuaram na função mesmo após a troca de governo. Ainda, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, dois servidores da agência, foram presos.

A suspeita é que os investigados tenham utilizado o sistema FirstMile, desenvolvido pela empresa israelense Cognyte, para o monitoramento ilegal. A ferramenta pode acompanhar até 10 mil celulares a cada 12 meses.

Os alvos da operação podem responder por invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial.

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