A Soraya Thronicke (Podemos-MS) sofreu um grande susto nesta quarta-feira (18). Após a aprovação do relatório da CPMI dos Atos Golpistas, um bolsonarista se aproximou e, supostamente, teria agredido a parlamentar.
Durante a confusão, o homem chegou a pegar o livro da Constituição Federal das mãos de Soraya e saiu correndo pelos corredores do Congresso Nacional. Thronicke pediu para polícia legislativa que prendessem o suspeito para que ele prestasse explicações.
O rapaz foi capturado e agora tem dado depoimento aos policiais legislativo. Soraya informou aos jornalistas que fará boletim de ocorrência, mas explicou que não tem certeza que foi agredida. “Não vou ser leviana”, explicou.
A senadora aproveitou para narrar o ocorrido. “Eu levei um celular... como se fosse uma coronhada, vamos supor. Eu senti isso. A Polícia Legislativa tem que atuar. Vou (abrir um boletim de ocorrência). Todo mundo viu essa pessoa. Vou falar exatamente o que ocorreu. É inaceitável”.
O suspeito de ter agredido Soraya é o assessor parlamentar Rodrigo Duarte Bastos, integrante do gabinete do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). Não é a primeira vez que ele é visto em confusão. No ano passado, em São Gonçalo, Duarte esteve em um atrito em um comício de Lula.
Jordy explicou que irá pedir os vídeos da confusão, mas que seu assessor será demitido. “Não sabemos de fato o que aconteceu. Já solicitei as câmeras para entender o ocorrido. Independentemente disto, é inadmissível a postura de um assessor discutindo com quem quer que seja no Congresso ou agindo como militante. O servidor já está sendo exonerado”.
Confira o vídeo:
CPMI dos Atos Golpistas
A senadora apresentou um relatório que pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) por golpe de Estado, além de mais três crimes relacionados às suas ações.
O relatório da CPMI dos Atos Golpistas aponta um total de 26 delitos diferentes, incluindo a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Esse documento, fruto de extensas investigações e depoimentos colhidos ao longo dos meses, agora seguirá para os órgãos responsáveis, com destaque para o Ministério Público Federal, que terá a incumbência de avaliar as informações e decidir se tomará medidas legais.
A comissão parlamentar foi criada para investigar os eventos e atos ocorridos durante o mandato de Jair Bolsonaro que levantaram suspeitas de ameaças à democracia brasileira.