O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Tânia Rêgo/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro , indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por quatro crimes. Segundo o documento, ele cometeu associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

O relatório, assinado por Eliziane Gama (PSD-MA) , diz ainda que Bolsonaro foi "autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições", que resultou nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano.

"Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República e, desde o primeiro dia de seu governo, atentou contra as instituições estatais, principalmente aquelas que significavam, de alguma forma, obstáculo ao seu plano de poder. Em verdade, já bradava contra as instituições mesmo no século passado, defendendo em vários momentos ações da ditadura militar”, diz o texto.

"Para atingir seu intento”, Bolsonaro “instrumentalizou não somente órgãos, instituições e agentes públicos, mas também explorou a vulnerabilidade e a esperança de milhares de pessoas”, completa o documento.

O relatório diz ainda que Bolsonaro tem “responsabilidade direta, como mentor moral, por grande parte dos ataques perpetrados a todas as figuras republicanas que impusessem qualquer tipo de empecilho à sua empreitada golpista”.

De acordo com o texto final, "Bolsonaro se utilizou como pôde do aparato estatal para atingir seu objetivo maior: cupinizar as instituições republicanas brasileiras até a seu total esfacelamento, de modo a se manter no poder, de forma perene e autoritária e perene”

O documento, que possui mais de 1.300 páginas e deve ser votado pela comissão somente na sessão de quarta-feira (18), ainda pede o indiciamento de mais 60 pessoas . Entre elas, ex-ministros do governo anterior, como Anderson Torres e Augusto Heleno, civis e militares, além do tenente-coronel, Mauro Cid.

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