Nesta terça-feira (03), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro ouve o empresário Argino Bedin, suspeito de ter financiado os atos golpistas. A oitiva está marcada para começar às 9h.
Bedin é conhecido como "pai da soja" no Mato Grosso. Ele é um fazendeiro sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O latifundiário já foi multado em 1998 e 2008 pelo Ibama por queimadas e atividades embargadas na cidade de Sorriso, em Mato Grosso. Argino hoje planta mais de 8 mil hectares de soja, tendo a produção escoada para o Pará pela rodovia BR-163. O asfaltamento dessa via foi concluído no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Para a r elatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) , "Argino poderá trazer informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente comissão".
Na reta final dos trabalhos do colegiado, Gama afirmou que pretende ouvir comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nas próximas semanas e que deve entregar o relatório em 17 de outubro. O prazo final é 20 de novembro.
As próximas sessões da CPMI devem ocorrer na quinta-feira (05), com a convocação do subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, do Batalhão de Policiamento de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Há também uma audiência marcada para o dia 10 de outubro, sem confirmação do convocado e com risco da oitiva ser cancelada devido ao baixo quórum, visto que será uma semana de feriado.