CPMI: general Augusto Heleno nega reunião sobre golpe após eleições

Militar também negou ter tido acesso à minuta de golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres

Foto: Reprodução
General Augusto Heleno na CPMI

O general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do governo Jair Bolsonaro (PL) é ouvido pela CPMI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (26). A convocação foi feita pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

Durante fala inicial, Heleno afirmou que "jamais tratou de assuntos eleitorais" com os subordinados no GSI. Ele ainda declarou que não teria informações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro porque deixou de ser ministro no dia 31 de dezembro de 2022.

O militar ressaltou que não esteve visitando os acampamentos golpistas após a eleição, visto que não achava algo interessante. "Era uma manifestação política e pacífica", disse o general.

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Sobre a  delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que relatou uma reunião em 2022 com o ex-presidente e os comandantes das Forças Armadas sobre a possibilidade de um golpe, Heleno afirmou que "Cid não participava de reuniões, ele era ajudante de ordens, isso é fantasia".

Questionado sobre ter tido acesso à minuta de golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres , Augusto Heleno nega ter conhecimento sobre o plano golpista. "Nunca, nunca tive a intenção de sair das quatro linhas da Constituição", respondeu o general.

Após  se exaltar e falar palavrões ao término das perguntas da senadora Eliziane Gama, Heleno decidiu ficar em silêncio. Logo depois, ele foi questionado pelo deputado Rogério Correia sobre ter participado de uma reunião de Jair Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti e se manteve calado.

“O senhor esteve na reunião com o Hacker? O senhor tomou café da manhã com o Hacker junto com Bolsonaro? Mauro Cid diz que o senhor estava lá na reunião que tomou café com o hacker”, afirmou o parlamentar.