Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil - 14/09/2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não será investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ficar com presentes de luxo recebidos durante o primeiro mandato (2003-2006) . O petista incorporou ao patrimônio pessoal um relógio Piaget avaliado em R$ 80 mil e outro Cartier Santos Dumont, avaliado em cerca de R$ 60 mil, além de outro relógio e um colar de ouro branco, segundo o jornal Estado de São Paulo.

O motivo de Lula não ser investigado, ao contrário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas, é porque o petista voltou a ser chefe de Estado. Segundo o TCU, o mandatário pode usufruir dos presentes recebidos por presidentes que o antecederam.

O Tribunal pode torná-lo alvo apenas em 2027, caso ele deixe de ser presidente da República.

Em 2016, o Tribunal cobrou a devolução de uma lista de presentes recebidos pelo petista, depois, uma ação na Lava Jato cobrou outros presentes recebidos pelo mandatário. 

Ao TCU, Lula devolveu 453 itens avaliados em R$ 2,258 milhões, entre esculturas, quadros, tapetes, vasos e louças. Já para a Lava Jato foram devolvidos 21 bens considerados valiosos.

Lula declarou que o relógio de R$ 80 mil foi perdido e posteriormente encontrado. Ele passou a usá-lo e, inclusive, posou para fotos com o modelo em 2022. Quanto ao Cartier, o presidente também voltou a usá-lo. Ambos foram presentes do governo francês recebidos em 2005.

Em nota, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República de Lula disse que todo o acervo dos mandatos anteriores do presidente foi investigado e nenhuma irregularidade foi encontrada. “O atual presidente não vendeu em nenhum momento objetos do seu acervo de mandatos encerrados faz mais de 12 anos [...] O que ficou sob responsabilidade da guarda do presidente Lula está no seu acervo, guardado. Nada foi vendido nem se tentou vender nada”.


Joias de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid são alvos da Polícia Federal por tentarem incorporar ao patrimônio pessoal as joias , que, segundo a investigação, foram vendidas no exterior. À PF, Mauro Cid declarou que o dinheiro da venda das joias foi entregue nas mãos de Bolsonaro.

Segundo a corporação, teriam sido comercializados anéis, abotoaduras e esculturas de luxo, um barco e uma palmeira dourados, além de um relógio da marca suíça Patek Philippe pelo grupo. Estima-se que o esquema tenha rendido R$ 1 milhão.

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