Bolsonaro sabia da venda de joias, diz 68% da população ao Datafolha

52% dos entrevistados consideram crime

Ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por venda ilegal de joias
Foto: Reprodução
Ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por venda ilegal de joias


Uma pesquisa divulgada neste sábado (16) pelo Datafolha trouxe à tona a percepção dos brasileiros sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) em um caso de venda de joias recebidas de autoridades sauditas, e os resultados mostram que a maioria da população acredita que ele estava ciente dessa transação.

De acordo com o levantamento, 68% dos entrevistados acreditam que o capitão da reserva sabia da comercialização dos itens valiosos, enquanto 17% acreditam que ele não tinha conhecimento do assunto. Além disso, 15% dos entrevistados não souberam opinar sobre o assunto.

O caso em questão envolve a suspeita de desvio de joias e outros presentes valiosos que foram entregues ao acervo da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro.

Esses itens foram presenteadas por autoridades de outros países, como a Arábia Saudita, e a investigação gira em torno da possível ilegalidade na venda dessas peças valiosas.

A pesquisa também buscou entender a percepção dos entrevistados sobre a natureza desses presentes e se eles deveriam ser considerados itens pessoais ou bens públicos.

Nesse aspecto, 47% dos participantes concordaram que esses presentes deveriam ser considerados itens pessoais, enquanto 42% acreditam que eles deveriam ser considerados bens públicos. Um grupo menor, representando 11% dos entrevistados, não soube opinar sobre a questão.


Quando se trata de avaliar se Bolsonaro cometeu algum crime relacionado a esse caso, 38% dos participantes da pesquisa acreditam que ele não cometeu nenhum crime. No entanto, 52% consideram que sua ação de vender as joias foi, de fato, um crime, enquanto 10% não souberam opinar sobre essa possibilidade.

A pesquisa foi realizada com 2.016 pessoas em 139 cidades brasileiras nos dias 12 e 13 de setembro, e possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.