PF apura morte da menina Heloísa em ação da PRF, diz Flávio Dino

Ministro da Justiça, Flávio Dino, usou as redes sociais para falar das investigações

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Ministro Flávio Dino


O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), anunciou neste sábado (16) que a Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre a ação dos agentes da Polícia Rodoviária Federal envolvidos na morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, em Seropédica, Rio de Janeiro.

Dino enfatizou que essa investigação da PF é uma das medidas tomadas pelo Ministério da Justiça diante da "tragédia" ocorrida e que um processo administrativo da PRF também está em andamento para apurar eventuais responsabilidades na abordagem que resultou na morte da criança.

“Quanto à apuração de responsabilidade administrativa, reitero que o processo administrativo foi instaurado no mesmo dia da ocorrência. Minha decisão só pode ser emitida ao final do processo, como a lei determina. Também já há Inquérito Policial na Polícia Federal, que será enviado ao MPF e à Justiça”, postou o ministro em uma rede social.


O caso

Heloísa faleceu nove dias após ser baleada na cabeça durante uma abordagem da PRF no Arco Metropolitano, próximo a Seropédica.

A menina foi baleada na cabeça dentro do carro da família enquanto viajavam, acompanhados pelos pais, uma irmã de 8 anos e uma tia. Dois tiros de fuzil a atingiram.

O agente da PRF, Fabiano Menacho Ferreira, admitiu ter disparado os tiros contra o veículo da família de Heloísa, alegando que a placa indicava que o carro era roubado e que ouviu disparos vindos da direção do veículo.

O pai de Heloísa, William Silva, condutor do veículo, afirmou que não foi abordado no posto da Polícia Rodoviária Federal e que uma viatura da polícia começou a segui-los de perto.

A família nega ter conhecimento de que havia adquirido um carro roubado e sustenta que o tiro partiu da viatura da PRF.

Outros policiais envolvidos no incidente confirmaram a versão de Fabiano Menacho Ferreira em seus depoimentos à Polícia Civil.

A morte de Heloísa gerou indignação e comoção, levando à solicitação de prisão preventiva dos policiais envolvidos pelo Ministério Público Federal.