Câmara dos Deputados
- Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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A bancada evangélica na Câmara dos Deputados está mobilizada para tentar bloquear o projeto que visa regulamentar as apostas esportivas no Brasil. O presidente da frente parlamentar evangélica, deputado Silas Câmara, comparou as apostas esportivas ao uso de drogas.

“O motivo é muito simples: é porque é jogo. Todo jogo a gente é contra. Nós não apoiamos jogos sob hipótese nenhuma. Jogo para a gente é a mesma coisa que droga”, declarou à Folha de S.Paulo. “É sinônimo de vício e de desgraça para a família brasileira”.

Silas Câmara contou que ainda não se encontrou com o relator do projeto, deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), mas espera uma reunião na próxima semana para discutir os detalhes da proposta.

“Ele vai ter oportunidade de falar conosco. Se na fala dele conosco ele nos convencer de que esse projeto de lei não tem nenhuma ligação com a possibilidade de as pessoas se viciarem em jogo para poder fazer disso um canal de desgraça da família, tudo bem”, relatou. “É meio difícil convencer a gente disso, mas a gente vai ouvir o relator”.

"E obviamente que a gente nunca deve dizer que o cara não tem capacidade de mostrar que não é o que a gente pensa, mas, por enquanto, a chance de qualquer mudança nisso é zero”, completou.


O texto do governo, que possui urgência constitucional, começará a trancar a pauta na Câmara a partir deste sábado (9), o que intensifica o debate em torno da regulamentação das apostas esportivas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, defende a inclusão dos cassinos online no projeto de apostas esportivas, acrescentando mais complexidade à discussão.

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