O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto, publicado nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União, que altera a estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O decreto entra em vigor em 15 de setembro.
As mudanças preveem um setor dedicado integralmente à segurança presidencial, com a criação da Secretaria de Segurança Presidencial, responsável ainda pela segurança do vice-presidente e familiares, além das residências oficiais. Na estrutura anterior, a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial também era responsável pela organização de eventos, viagens e cerimonial.
Desde os ataques golpistas à sede dos Três Poderes em 8 de janeiro, Lula tem demonstrado sua desconfiança em relação aos militares. Atualmente, a Polícia Federal (PF) cuida da segurança do presidente e de Janja da Silva.
O general Gonçalves Dias, após ser filmado caminhando no Palácio do Planalto enquanto golpistas ainda transitavam no prédio, foi exonerado do cargo. Em maio, o general Marcos Amaro assumiu a pasta em seu lugar, já sob a previsão de uma repaginação do Ministério.
O texto do decreto prevê também que a área de viagens ficará separada, a cargo de um integrante da Aeronáutica, e que assuntos estratégicos devem ter secretaria própria.
A nova estrutura do GSI prevê uma divisão em quatro pastas: 1) Secretaria de Segurança Presidencial; 2) Secretaria de Coordenação e Assuntos Aeroespaciais; 3) Secretaria de Acompanhamento e Gestão de Assuntos Estratégicos; e 4) Secretaria de Segurança da Informação e Cibernética.