Quem é general Marcos Antônio Amaro, novo chefe do GSI?

O militar já fez parte do gabinete de Dilma Rousseff, saindo após o impeachment da presidente

Marcos Antonio Amaro dos Santos
Foto: Reprodução
Marcos Antonio Amaro dos Santos

O governo federal escolheu o general Marcos Antonio Amaro dos Santos para assumir como ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A decisão foi publicada oficialmente nesta quarta-feira (03). Mas quem é o militar da reserva que assume o cargo?

General Amaro já foi comandante do GSI no final do governo de Dilma Rousseff, deixando o cargo logo após o impeachment da presidente, em maio de 2016. A instituição chamava na época de Casa Militar. 

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva ficou responsável pelo comando militar do Sudeste e assumiu o posto de chefe do Estado-Maior do Exército. O cargo era ocupado por ele até maio de 2022. Amaro entrou para a reserva do Exército apenas em janeiro deste ano.

A escolha de general Amaro ainda era incerta no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os integrante do governo discutiam se a melhor escolha para o cargo seria um civil ou um militar, sendo cogitado até a extinção do GSI.

Desde a posse do presidente da República, o órgão vem sofrendo um esvaziamento. A motivação se deve pelo mapeamento feito pelo governo, que identificou diversos integrantes da oposição no órgão. Cerca de 87 pessoas foram exoneradas. No momento, a segurança de Lula é feita pela Polícia Federal, além da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ser transferida para a Casa Civil.

O GSI era comandado pelo general Gonçalves Dias, que foi desligado e o governo agilizou para que uma nova contratação fosse feita. Interinamente, Ricardo Cappelli ficou no comando do GSI, sendo o responsável pelas exonerações.

Dentre os dispensados, muitos militares seguem prestando depoimento à PF acerca dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro, à Praça dos Três Poderes. A intimação para depor foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e abrange integrantes das Forças Armadas que são suspeitos de estarem envolvidos em tais atos. A decisão é de que tais militares não sejam investigados pela Justiça Militar, mas sim pela Corte.

Para Cappelli, os atentados golpistas têm uma grande ligação com os acampamentos de apoiadores do antigo governo montados à frente dos quartéis. Para ele, a situação aconteceu com um aval de Bolsonaro e de militares apoiadores do ex-presidente, como Augusto Heleno e Braga Netto.