O Ministério da Justiça e Segurança Pública compartilhou com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas um relatório da Força Nacional sobre a atuação do órgão no 8 de janeiro, quando foram registrados os ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. No documento, a Força Nacional diz que agiu assim que foi acionada.
O texto enviado à comissão é assinado pelo diretor da Força Nacional de Segurança Pública em exercício, Ivair Matos Santos. Nele, ele afirmou que "a Força Nacional prontamente acionou e empregou seu efetivo assim que demandada pelos escalões superiores, fazendo cumprir com rigor as determinações e orientações que lhe foram passadas e repassadas". As informações são do blog da Camila Bomfim, do g1 .
O órgão ainda enviou fotos de agentes feridos nos ataques e afirmou que eles conseguiram proteger a sede do Ministério da Justiça dos atos de vandalismo.
"Cumpre gizar que onde estivemos por tempo integral, nos prédios do Ministério da Justiça e Segurança Pública, não se registrou qualquer dano, mesmo diante de volumosa e hostil turba tão próxima do perímetro", continua o relatório.
Na última semana, Dino disse que no dia anterior aos ataques em Brasília, ele chegou a editar uma portaria prevendo a atuação da Força Nacional na capital federal, mas não teria havido, segundo o ministro, resposta do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). E, de acordo com Dino, a Força Nacional só pode atuar nos estados e o DF com o consentimento do governador, por um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Não houve essa autorização até 17h, 18h, por parte do governo do DF. E a denúncia oferecida pelo MP, em relação aos comandos, revelou a razão. Que é exatamente a posição da PM do DF. Lá está transcrito na denúncia um conjunto de diálogos que mostra que a PM do DF era contra a atuação da Força Nacional, e isso, infelizmente, determinou essa demora", disse ele.