O deputado federal Abílio Brunini (PL), foi acusado de fazer um gesto supremacista durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Nas imagens, é possível ver Brunini fazendo o gesto para o celular enquanto grava um vídeo.
O sinal em questão é utilizado por grupos extremistas. Nele, é feito com três dedos formando um “W”, enquanto o polegar se encosta com o indicador formando um "P". A sinalização representaria o "poder branco" (white power, em inglês).
Olho no lance. Deputado Brunini faz gesto supremacista branco? Confira vc mesmo. pic.twitter.com/y2PUanI3cv
— GugaNoblat (@GugaNoblat) August 24, 2023
ABSURDO! Deputado Brunini faz gesto supremacista em sessão da CPMI! Cínico como Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro que também reproduziu o gesto extremista. O "apito de cachorro" é senha para escória racista e não pode passar incólume! pic.twitter.com/RhdHj9TA2M
— Ivan Valente (@IvanValente) August 24, 2023
Abílio Brunini se defendeu das acusações dizendo que apenas pedia mais três minutos. Ele ainda disse: "Vocês são nojos, vocês esquerdistas são nojo. Estão atacando minha família nesse momento. Estão entrando nas redes sociais da minha família. Estão entrando nas redes sociais da minha mulher me ofendendo. Vocês são uma vergonha”.
O Duarte pediu 1 minutos a mais e eu respondi, dá mais 3 minutos pra ele. Aí começaram a soltar fakenews que eu estava fazendo gestos racistas🤦🏻
— Abilio Brunini (@abiliobrunini) August 24, 2023
Este é o vídeo do exato momento que eu respondo. Não caia em fakenews. A esquerda está pautando a imprensa para fazer cortina de… pic.twitter.com/IhqsvlRAyY
O gesto acabou ganhando repercussão no Brasil depois de um assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins, utilizá-lo durante sessão no Senado, em 2021. Na época, a Comissão de Ética Pública da Presidência expulsou o ex-assessor como forma de penalidade, após alguns parlamentares pedirem sua demissão. Martins se defendeu dizendo que estava apenas arrumando a lapela, e não teve a intensão de fazer o gesto.
A Liga Antidifamação (Anti-Defamation League – ADL) classifica o gesto usado por supremacistas brancos, como uma forma de identificação, sendo considerada também como "uma tática popular de trolagem" de pessoas de extrema-direita. Elas postam foto fazendo o gesto nas redes sociais.