Mônica ao lado de Marielle Franco
Arquivo pessoal/Mônica Benício
Mônica ao lado de Marielle Franco


A vereadora Monica Benicio (PSOL) e viúva da ativista Marielle Franco, tomou uma atitude firme após ser alvo de uma ameaça online perturbadora. Na última semana, Monica registrou uma queixa-crime na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) devido a uma mensagem que recebeu contendo ameaças de "estupro corretivo".

A vereadora recebeu uma mensagem ameaçadora por e-mail, que foi assinada sob o nome de Astolfo Bozzônio Rodrigues. No entanto, Monica Benicio não reconhece a identidade do bandido e ressalta que essa mesma pessoa estaria associada a postagens homofóbicas em uma antiga conta no Twitter.

A mensagem que acompanhou a queixa-crime contém um conteúdo de ódio direcionado a lésbicas, o que trouxe ainda mais gravidade ao caso.


“Estupro corretivo é, infelizmente, uma realidade para nós, mulheres lésbicas, em uma sociedade que acha que o corpo da mulher deve ser exclusivamente posse de um homem. Quando isso foge à norma, é tido como uma aberração, o estupro corretivo seria a prática de um estupro em uma mulher lésbica para persuadi-la a deixar de ser lésbica, como se isso fosse algo possível de ser feito, cometendo mais uma violência”, afirmou Monica.

“O email descrevia, inclusive, como seria o crime, algo muito violento não só para uma mulher lésbica, mas para as mulheres como um todo”, continuou.

“Não é um acaso que violência como essa seja cometida no mês de agosto, que é o mês da visibilidade lésbica. Meu mandato vem fazendo uma série de ações para visibilizar a luta e a existência das mulheres lésbicas, e a gente vai seguir nessa luta porque não tem intimidação possível que faça a gente retroceder da luta pelos nossos direitos”, concluiu.

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