Mauro Cid e o pai, general Mauro César Lorena Cid
Montagem iG / Imagens: Lula Marques/ Agência Brasil e reprodução / Alesp
Mauro Cid e o pai, general Mauro César Lorena Cid

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o general Mauro Lourena Cid de visitar o filho, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, na cadeia. O despacho foi assinado neste sábado (19) pelo magistrado.

Moraes justificou que Lourena e Cid são investigados pela Polícia Federal pelo mesmo crime e não poderiam manter contato para não prejudicar as investigações. O pai de Cid é suspeito de intermediar a venda de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do governo árabe.

O ministro ainda proibiu Mauro Cid de manter contato com outros investigados no inquérito. Cid está preso desde maio após ser alvo de uma operação da PF por falsificação de cartões de vacinação de Bolsonaro, assessores e sua família.

A Polícia Federal investiga a venda de um Rolex a uma joalheria nos Estados Unidos e a recompra do produto para a devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo os investigadores, Cid teria vendido a joia e pedido para que o advogado Frederick Wassef recomprasse.

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmou que o ex-ajudante de ordens vendeu a joia a mando de Jair Bolsonaro. A defesa ressaltou que o dinheiro foi entregue para Bolsonaro ou para ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

As joias deixaram o Brasil no dia 30 de dezembro, junto com o ex-presidente. Elas foram presenteadas pelo governo da Arábia Saudita e, segundo o TCU, não deveriam ser incluídos no acervo pessoal de Bolsonaro. Ele, porém, afirma que os presentes eram personalíssimos e não precisariam ser destinados para o acervo do Palácio do Planalto.

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