Advogado: Cid pode admitir fraude em cartões de vacinação contra Covid

Revelação foi feita pelo advogado Paulo Cezar Bitencourt, responsável pela defesa de Mauro Cid

Mauro Cid é alvo de investigação da PF
Foto: Reprodução
Mauro Cid é alvo de investigação da PF


O advogado Cezar Bitencourt concedeu uma entrevista à Veja na qual forneceu uma série de informações sobre o caso envolvendo seu cliente, o tenente-coronel Mauro Cid. As revelações abrangem tanto a confissão de Cid no caso da venda de joias quanto seus planos de admitir a fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19.

Segundo Bitencourt, seu cliente decidiu confessar sua participação no caso das joias, um acontecimento que trouxe à tona questões relacionadas à venda ilícita de presentes que deveriam ter sido destinados à Presidência. A confissão tem o potencial de desencadear uma série de implicações legais que envolvem outras figuras, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, o advogado expressou sua intenção de informar o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal sobre a decisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL-RJ) em admitir os crimes.

No âmbito das acusações, Bitencourt mencionou a possibilidade de recuo no caso da venda de presentes, indicando a existência de um possível "erro" em relação à menção das joias. No entanto, a extensão e a profundidade das investigações determinarão os desdobramentos futuros desse caso.

Mauro Cid se encontra detido desde o mês de maio em relação a uma investigação que visa a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde para emitir cartões de vacinação falsificados. Sua esposa, Gabriela Cid, admitiu o uso de documentos fraudulentos e atribuiu a responsabilidade a ele.


A investigação também trouxe à tona comparações com o caso do ex-presidente Bolsonaro, indicando que o tenente-coronel se beneficiou de um esquema de comprovante de imunização fraudulento. As acusações pendentes incluem infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos e corrupção de menores, ressaltando a gravidade dos atos em questão.

Em declarações para pessoas próximas, Mauro Cid demonstrou alinhamento com o ex-presidente Bolsonaro, expressando críticas ao processo de imunização e admitindo não ter se vacinado, nem ter aplicado doses em suas filhas.