Neste sábado (19), teve início a Marcha para Jesus no Rio de Janeiro, um evento religioso que reúne fiéis de diversas denominações cristãs. No entanto, o tom do evento ganhou um contorno político quando o pastor Silas Malafaia fez um discurso crítico ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto discursava para a multidão presente na Praça da Apoteose.
“Esta nação pertence a Jesus, não pertence a Alexandre de Moraes, não pertence a governante nenhum”, discursou o líder religioso.
Malafaia, conhecido líder religioso e figura pública, não poupou palavras ao atacar o ministro Moraes, que também ocupa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral. O magistrado tem sido alvo de críticas por parte dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que o enxergam como um inimigo.
Em seu discurso inflamado, o pastor expressou sua ausência de temor em relação a Moraes, o chamando de "ditador" e apontando-o como líder de uma suposta "ditadura da toga". Malafaia também acusou o ministro de cercear a liberdade de expressão nas redes sociais, afirmando que pessoas têm sido presas devido às suas postagens.
Além disso, o líder religioso não poupou críticas à imprensa, a qual chamou de "covarde" e "omissa". Ele estendeu sua avaliação negativa a uma parte dos senadores, classificando-os como "covardes" e "omissos".
Ao abordar o episódio de 8 de janeiro, quando manifestantes pró-Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, Malafaia se colocou em defesa dos que foram presos por essa ação. Ele argumentou que não há evidências que sustentem as acusações de que os manifestantes tentaram um golpe.
O líder religioso encerrou seu discurso com uma mensagem de confiança, assegurando que Alexandre de Moraes será derrotado, seja pelo Senado ou por intervenção divina, indicando a convicção de que os desdobramentos políticos ainda serão moldados pelo processo democrático e pela crença em um desfecho positivo.
"Senhor Alexandre de Moraes, ditador da toga, a sua casa ainda vai cair. Dou duas hipóteses: ou vai cair pelas mãos de Deus, ou porque o Senado vai tomar vergonha na cara [e tocar um impeachment], ou porque o povo é o supremo poder da nação”, concluiu.