Jair Bolsonaro (PL-RJ), ex-presidente do Brasil, foi nomeado cidadão goiano em uma cerimônia realizada na cidade de Goiânia na noite desta sexta-feira (18). Durante seu discurso perante a plateia, Bolsonaro compartilhou detalhes de sua estadia nos Estados Unidos, onde passou três meses, enfatizando seu retorno ao Brasil apesar dos possíveis riscos.
“Estive três meses nos Estados Unidos, no estado da Flórida, realmente um estado fantástico. Mas apesar de ter sido acolhido muito bem, não existe terra igual a nossa. Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”, declarou.
O discurso também abordou as investigações em curso conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal que envolvem pessoas próximas a ele. Essas apurações têm foco em um esquema de venda ilegal de presentes que foram recebidos por Bolsonaro durante seu mandato, levantando suspeitas sobre a possível destinação dos recursos financeiros provenientes dessas vendas.
Um dos nomes implicados nas investigações é Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens do ex-presidente. O advogado de Cid anunciou que seu cliente estava preparado para fazer uma confissão perante a Polícia Federal. Nessa confissão, o tenente-coronel alegaria que a venda das joias ocorreu sob ordens diretas de Bolsonaro.
No mesmo dia em que Bolsonaro recebia a honraria em Goiânia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, emitiu uma determinação para a quebra dos sigilos bancário e fiscal tanto do capitão da reserva quanto de sua esposa, Michelle Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro afirma que não recebeu dinheiro da venda do Rolex.