O advogado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou nesta quinta-feira (17) à revista Veja que seu cliente irá admitir ter vendido joias da Presidência nos Estados Unidos sob instruções do ex-presidente, entregando posteriormente o dinheiro ao antigo chefe.
Mauro Cid, que desempenhou um papel significativo como colaborador de confiança de Bolsonaro durante seu mandato, também declarará que conduziu a transferência do dinheiro de maneira clandestina de volta ao país após a conclusão das vendas das joias nos EUA.
O advogado Cezar Bittencourt, que recentemente assumiu a representação de Mauro Cid, já havia indicado anteriormente que seu cliente estava agindo mediante ordens superiores.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal evidenciam que as negociações envolvendo as joias e presentes recebidos por Bolsonaro durante seu mandato tiveram início nos Estados Unidos, em junho de 2022.
Os detalhes revelam que Cid e sua equipe buscaram informações sobre as joias que faziam parte do acervo presidencial. Posteriormente, ele teria retirado um conjunto de joias, incluindo um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.
O ex-ajudante de ordens supostamente transportou essas joias para a residência de seu pai nos Estados Unidos, onde teria efetuado a venda de um relógio Rolex e um relógio Patek Philippe.
Dados financeiros suspeitos foram identificados nas contas do pai de Cid, Mauro Cesar Lourena Cid, após as transações de venda das joias.