Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil
Valter Campanato/Agência Brasil
Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil


O senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas, afirmou nesta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa na sede estadual da legenda, que afastará André Fufuca “sumariamente da função partidária” caso ele seja confirmado como ministro do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Já determinei que, qualquer parlamentar que for fazer parte deste governo, que nós não apoiamos, será afastado de todas as decisões partidárias. Isso é natural”, acrescentou o parlamentar durante um bate-papo com jornalistas em São Paulo.

Nogueira informou que o PP será oposição a Lula enquanto ele for presidente do partido. “Tenho mais três anos de mandato. O PP jamais fará parte da base governista do presidente Lula”.

Ciro explicou que, atualmente, o Partido Progressistas está mais ligado ao campo da direita. Por conta disso, ele trabalhará para que a legenda siga como oposição ao governo Lula.

“Tenho o maior respeito pelas divergências, sei que represento a maioria, a nossa identificação é com Tarcísio de Freitas, com Romeu Zema, pessoas que pensam diferente do governo do presidente Lula. Então acho que não devemos voltar para a prática do passado, porque não deu certo, que é trocar cargos por apoio. Nós temos que procurar pessoas como fizemos com o presidente Bolsonaro, que fomos sócios do sucesso”, explicou.

Ciro Nogueira contou que pretende criar regras dentro do PP para que todos os parlamentares votem conforme os interesses da legenda.

“O Progressistas não vão votar por nenhum retrocesso na reforma trabalhista. O Progressistas não votará pelo aumento de carga tributária. Também não votará pela descriminalização de drogas. O Progressistas não votará a favor da legalização do aborto. Vamos criar cláusulas no partido que, independente do apoio do parlamentar ao governo, não poderá ser votado contra os interesses da nossa executiva”, detalhou.


André Fufuca no governo Lula

O presidente Lula negociou ao longo das últimas semanas com líderes do PP e Republicanos para ter mais apoio no Congresso Nacional. Ficou acordado que o Partido Progressistas comandará a Caixa Econômica Federal e o Ministério de Desenvolvimento Social, mas sem o Bolsa Família.

André Fufuca foi escolhido para chefiar o ministério. A expectativa é que o anúncio oficial seja feito ainda nesta sexta (18).

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