Lula cumprimentando Arthur Lira
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Lula cumprimentando Arthur Lira


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou nesta terça-feira (15) sobre a sua relação positiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfatizando que ambos mantêm um canal de comunicação regular por telefone. No entanto, o parlamentar também sublinhou a relevância de ajustes na estrutura ministerial do governo como meio de fortalecer o apoio do Executivo na Câmara.

“A presidência da Câmara tem uma excelente relação com a Presidência da República, temos que ter essa relação, temos essa relação, mas ela nem de longe é pautada por essa participação (em ministérios). Somos facilitadores para que as matérias caminhem, quanto mais base o governo tiver, mais fácil o meu trabalho, mais fácil o do governo. Não posso torcer contra, tenho que torcer a favor. Agora quem tem que construir é o governo no tempo dele”, comentou.

Apesar de não haver uma reunião formal agendada entre Lira e Lula no momento, a comunicação entre eles continua fluída e constante. A tarefa de nomear novos ministros para compor a equipe governamental enfrenta desafios significativos, com discussões acerca de figuras como André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) sendo consideradas para posições ministeriais específicas.

Dentro desse cenário, divergências se fazem presentes quanto às pastas desejadas por distintos partidos políticos. Enquanto o partido Republicano manifesta interesse no Ministério dos Esportes, o PP busca ocupar o Ministério do Desenvolvimento Social.

“É o famoso problema dos governos de coalizão. O governo se elegeu, não elegeu maioria no Congresso e tem que fazer essa maioria de uma maneira organizada”, pontuou o presidente da Câmara.


Lira critica Haddad

Arthur Lira expressou descontentamento em relação às declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP). O ministro havia ressaltado o "grande poder" da Câmara, aconselhando a evitar menosprezar as demais instâncias do Legislativo e o Poder Executivo.

Em resposta, Lira instou o governo a adotar uma abordagem mais cautelosa, a fim de evitar ações precipitadas que possam gerar controvérsias. O presidente da Câmara também destacou que a declaração de Haddad não foi bem recebida por membros do corpo parlamentar e lideranças políticas.

“Nós ficamos surpresos. Acho que foi inapropriado, talvez um relaxamento excessivo do ministro em uma entrevista. Na Câmara, como instituição, assim como o Senado, trabalham sempre com harmonia nesses temas (de economia). Não há nenhum desencontro em relação a isso”, concluiu.

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