A investigação relacionada às joias sauditas recebidas pelo governo de Jair Bolsonaro deu um novo passo com a transferência do inquérito para o Supremo Tribunal Federal, procedimento realizado pela Justiça Federal de São Paulo. Essa medida ocorreu em atendimento a uma solicitação do Ministério Público Federal, que se baseou em informações resultantes de uma operação conduzida pela Polícia Federal.
A ação, batizada de "Lucas 12:2", desencadeou buscas e apreensões ligadas à suspeita de uma possível venda irregular de presentes oficiais recebidos pelo presidente Bolsonaro. Os alvos dessa operação incluíram Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Frederick Wassef, advogado que representou o presidente, além de outros indivíduos cujas atividades estão sob escrutínio.
O ponto de partida da investigação remonta a Guarulhos, onde a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deram início ao exame da entrada ilegal de joias provenientes da Arábia Saudita. Essas joias, que incluíam um colar, brincos, anel e um relógio, foram encontradas na mochila de um militar que integrava a comitiva do ex-ministro Bento Albuquerque.
O Ministério Público Federal de São Paulo enfatizou que o caso investigado em Guarulhos possui conexões relevantes com os eventos que agora estão sob análise pelo STF. A perícia conduzida pela Polícia Federal estimou o valor das joias em cerca de R$ 5,1 milhões.
Embora a transferência do inquérito para o STF tenha sido realizada, não foi estabelecido um prazo definitivo para que a Justiça se manifeste a respeito da solicitação feita pelo Ministério Público Federal.