Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro
Divulgação/Britcham - 12.07.23
Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro


O governador Cláudio Castro (PL) falou publicamente pela primeira vez sobre as recentes operações da Polícia Militar que resultaram nas mortes de menores de idade. Em seu pronunciamento nesta terça-feira (15), Castro enfatizou sua não comemoração pelas tragédias ocorridas e ressaltou a importância da humildade ao reconhecer erros e desvios do protocolo.

Pela primeira vez desde os trágicos episódios, o governador expressou seu lamento pelas três mortes de adolescentes e crianças e assegurou que quaisquer irregularidades cometidas pelos policiais envolvidos nas operações serão rigorosamente punidas.

“Tem que ter humildade e coragem para defender quando está certo. E humildade para reconhecer quando alguma coisa fora do protocolo acontece. Tem que lembrar que nenhum deles foi em operação, foi em ronda. Ronda tem seus protocolos muito claros e definidos. A nossa investigação agora é para entender se algum desses policiais fugiu dos protocolos e se sim serão punidos", disse Castro, que completou:

"[Mas] Essas punições não vão devolver a vida de ninguém. Mas é o nosso papel como correção".

Como parte das medidas para evitar futuros casos, Cláudio Castro anunciou que a Polícia Militar passará por um treinamento específico e intensificado, com foco em aprimorar as abordagens realizadas pela corporação. O objetivo é garantir que os procedimentos sejam realizados dentro dos limites legais e respeitando os direitos dos cidadãos.

"Vamos continuar o treinamento. Nada disso traz uma vida de volta, é trabalhar duro todos os dias. Eu vi o rosto triste do coronel Henrique na entrevista hoje, é uma situação que nos comove. Vamos acordar cada vez mais cedo para mudar essa situação", pontuou.


O governador reiterou sua posição firme de não celebrar a morte de nenhum indivíduo, especialmente quando se trata de jovens.

"Eu queria dizer que esse é um dos nossos piores momentos como governantes. Ninguém acorda de manhã para trabalhar querendo saber no fim do dia que uma criança perdeu sua vida. Eu não comemoro a morte de ninguém, nem de traficante, nem de ninguém. Isso toca no meu coração de pai, meus filhos já tiveram essa idade. Não quero uma frase clichê de ‘minhas sinceras condolências’. Essa é uma dor que está no meu coração”, concluiu.

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