O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, tem seu nome emitido no recibo da recompra de um relógio Rolex nos Estados Unidos. O item, que se trata de um presente recebido por Bolsonaro destinado à União, teria sido vendido ilegalmente no exterior. A Polícia Federal (PF) acredita que o recibo é uma "prova contundente" contra o advogado. As informações são do jornalista da GloboNews, Valdo Cruz.
Após a divulgação de novas informações sobre a investigação da venda de joias recebidas em viagens oficiais, Wassef divulgou nota dizendo que está sendo julgado injustamente e garante que não participou de nenhuma operação do tipo. Wassef é investigado pela recompra, e não venda, do Rolex.
Wassef teria ido aos Estados Unidos recomprar o item depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o presente deveria ser devolvido à União, pois não era um bem de natureza "personalíssima". A equipe de Jair Bolsonaro informava que o item estava no Brasil e seria devolvido.
A PF vai chamar Wassef para depor e vai investigar quem deu o dinheiro para que ele recomprasse o presente dado ao ex-presidente. A investigação tem colaboração de autoridades dos EUA, que devem auxiliar no levantamento de valores e forma de pagamento.
Em nota divulgada nesse domingo (13), o advogado Frederick Wassef disse:
"Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho informar que, mais uma vez, estou sofrendo uma campanha de fake news e mentiras de todos os tipos, além de informações contraditórias e fora de contexto. Fui acusado falsamente de ter um papel central em um suposto esquema de vendas de joias. Isso é calúnia que venho sofrendo e pura mentira. Total armação".