A Polícia Federal tomou medidas para estabelecer uma colaboração policial com as autoridades dos Estados Unidos no âmbito da investigação das joias associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), que foram negociadas em território norte-americano.
No centro dessa iniciativa de cooperação está o objetivo dos investigadores de obter acesso às contas bancárias pertencentes a Bolsonaro, ao ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente Mauro Cid, e a seu pai, o general Mauro Loureira Cid, nos Estados Unidos.
Por meio dessa colaboração internacional, a Polícia Federal também pretende pedir ao FBI que conduza diligências nas joalherias envolvidas na transação das peças de joias em questão.
O ponto mais importante da investigação recai sobre a loja na qual o advogado Frederick Wassef efetuou a recompra do relógio Rolex, originalmente presenteado a Bolsonaro em 2019 por autoridades sauditas. O relógio de luxo havia sido vendido pelo general Mauro Cid no ano passado.
A PF busca rastrear a origem dos recursos utilizados na recompra do Rolex e de outras peças do conjunto de joias, razão pela qual solicitou a quebra de sigilo das contas de Bolsonaro e da família Cid tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Simultaneamente, as diligências conduzidas pelo FBI nas joalherias têm como objetivo verificar todos os envolvidos na negociação.
Um recibo relacionado à recompra do relógio contendo o nome de Wassef foi detalhado pelo colunista Valdo Cruz do "G1". As investigações seguem em andamento, e a colaboração internacional entre as autoridades brasileiras e norte-americanas promete trazer um novo capítulo à apuração das circunstâncias envolvendo as joias associadas a Jair Bolsonaro.