PF pede quebra de sigilo bancário de ex-presidente Bolsonaro (PL)
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PF pede quebra de sigilo bancário de ex-presidente Bolsonaro (PL)

O ex-presidente Jair Bolsonaro é mencionado repetidamente ao longo das 105 páginas do documento da Polícia Federal (PF) que  investiga um esquema internacional de venda de joias e presentes recebidos ilegalmente durante seu mandato. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira no Jornal Nacional, nome de Bolsonaro aparece 93 vezes nas páginas das investigações. 

As menções, diz a reportagem, começam com a própria definição do foco da investigação, que se refere ao "desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito".

O documento também revela trocas de mensagens entre pessoas próximas a Bolsonaro, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e Marcelo Câmara, ex-assessor especial do ex-presidente. Em uma das mensagens, Mauro Cid menciona que o general Mauro Lourena Cid possuía US$ 25 mil, possivelmente pertencentes a Bolsonaro, e discute possíveis formas de entrega do dinheiro.

O relatório da PF destaca ainda diálogos que indicam conhecimento das restrições legais sobre a venda de bens no exterior. A polícia solicitou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Bolsonaro, bem como a autorização para seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação visa determinar se o dinheiro das joias realmente chegou a Bolsonaro e a origem dos recursos utilizados na recompra das peças.

A defesa de Jair Bolsonaro divulgou uma nota em resposta à investigação, na qual afirma que o ex-presidente jamais se apropriou ou desviou bens públicos e coloca sua movimentação bancária à disposição do Poder Judiciário.

Leia a nota a íntegra:

 “A defesa do presidente Jair Bolsonaro, voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU - ainda em meados de março, próximo passado - requerendo o depósito dos itens naquela Corte, até final decisão sobre seu tratamento - o que de fato foi feito. O presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”.

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