Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF
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Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi levado à sede da Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (10), para prestar esclarecimentos. Vasques teve sua prisão preventiva decretada na manhã de ontem (9), em Florianópolis (SC), como parte de uma operação que investiga suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.

Mais tarde, foi transferido para Brasília e conduzido à superintendência da PF no Distrito Federal. Após o interrogatório, está previsto que o ex-diretor da PRF seja encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda .

Durante as investigações foram confiscados os aparelhos celulares, computador e passaporte do ex-diretor-geral, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Durante uma audiência na CPI dos Atos Golpistas em junho, o ex-diretor da PRF negou vigorosamente quaisquer atividades irregulares no desempenho da corporação.

O que diz a Polícia Rodoviária Federal no caso Silvinei Vasques

PRF emitiu um comunicado informando que está colaborando plenamente com as autoridades na investigação e anunciou a abertura de três processos administrativos disciplinares para avaliar a conduta de Vasques.

Até o momento, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em várias localidades, incluindo Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Norte, todos direcionados a diretores da PRF durante a gestão de Silvinei. Contudo, até o momento, não há ordens de prisão contra os servidores.

Outros servidores públicos investigados

As investigações são contra Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência, Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto, Wendel Benevides, ex-corregedor-geral, Bruno Nonato, ex-membro da PRF e atualmente na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional, Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.

Há suspeitas de crimes como prevaricação, que é quando um servidor público é negligente à sua função, violência política, que significa uso de força física, sexual ou psicológica para obstruir o exercício de direitos políticos e bstrução ou perturbação do processo eleitoral, como é definido na legislação do Código Eleitoral.

Relembre o caso das fiscalizações nas estradas durante as eleições presidenciais

O inquérito referente às ações da PRF em rodovias foi iniciado em novembro de 2022. No dia do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF conduziu operações que afetaram a mobilização dos eleitores, especialmente no Nordeste, onde o candidato do PT, Lula, estava à frente nas pesquisas de intenção de voto em relação a Jair Bolsonaro do PL.

Apoio a Bolsonaro nas redes sociais

Na véspera do segundo turno, o diretor-geral da PRF manifestou apoio a Bolsonaro. Vasques enfrenta acusações de improbidade administrativa em relação a esses eventos. No dia do segundo turno, Alexandre de Moraes ordenou a suspensão imediata das operações da PRF, sob pena de prisão para Vasques. No entanto, a corporação não acatou a ordem.

Número da fiscalizações nas estradas

A PRF realizou fiscalizações em 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula estava à frente, em comparação com 571 no Sudeste, entre os dias 28 e 30 de outubro, no período que antecedeu e incluiu o dia do segundo turno das eleições de 2022.

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