Lula será o garoto propaganda do canal
Reprodução/TV Brasil
Lula será o garoto propaganda do canal


O PT inaugurou nesta quinta-feira (10) o seu canal de TV via satélite 1313, marcando a transição dos conteúdos anteriormente disponíveis no YouTube como TV PT para uma plataforma televisiva própria.

Com uma programação contínua de 24 horas, a nova emissora se encontra em estágio inicial e inclui a apresentação de um jornal matinal conduzido por membros do partido.

“Agora, teremos conteúdo 24 horas com um alcance maior do que temos pelo YouTube” explicou Jilmar Tatto (PT-SP), secretário de Comunicação do partido, para o jornal O Globo.

“Vamos passar muitos documentários sobre a história do PT, campanhas memoráveis e anúncios do governo Lula. Como a TV é 24 horas, se acontecer algum fato inesperado, teremos uma equipe de plantão e posicionamentos oficiais da sigla através do 1313”, acrescentou.

A estratégia do PT é aproveitar a influência e reconhecimento do ex-presidente Lula para impulsionar o canal, visando a estabelecer acordos de direitos com emissoras como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a TV Câmara, com o objetivo de ampliar a distribuição dos conteúdos.

“Nosso garoto propaganda principal é o Lula. O que ele falar, vamos transmitir”, explicou Tatto.

A abordagem adotada segue o modelo de televisão de apenas recepção, conhecido como TVRO, no qual o partido aluga espaço em parabólicas para a transmissão dos programas. Essa abordagem elimina a necessidade de concessão do Ministério das Comunicações para operar o canal.

De acordo com as regulamentações estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), estima-se que o modelo TVRO seja capaz de alcançar uma audiência de até 50 milhões de telespectadores.


Além desse empreendimento, em um movimento anterior realizado em junho, o PT encaminhou uma solicitação ao Ministério das Comunicações requisitando autorização para a obtenção de concessões de TV e rádio. O partido fundamentou esse pedido com a alegação de que tais concessões são cruciais para estimular o "debate" e a "educação política" em todo o território nacional.

Porém, apesar da argumentação, a tendência é que a sigla não consiga receber a concessão.

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