Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta terça-feira (8), o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF), Anderson Torres, afirmou que "houve falha grave na execução do Protocolo de Ações Integradas (PAI)", medida de segurança no dia dos ataques golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. “Se o protocolo fosse seguido à risca, seríamos poupados dos lamentáveis atos do dia 8 de janeiro”, garantiu.
Torres afirmou que, até o dia 6 – quando viajou, pela noite, com a família, segundo revelado por ele na CPMI –, "não teve qualquer informação oficial indicando que haveria ações radicais no dia 8". "Mesmo assim", disse o ex-secretário, "o PAI seria colocado em ação nos seus mínimos detalhes; esta era a determinação".
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Ainda no depoimento, Anderson Torres expôs que no mesmo dia 6 de janeiro houve uma reunião, com membros da subsecretaria de segurança do DF, forças de segurança do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e representantes de ministérios na qual um termo de compromisso foi assinado.
"A Secretaria de Segurança tem a missão de funcionar como um órgão central e integrador da segurança pública do DF, levando em consideração as atribuições e competências de cada força, previstas em legislação federal e na própria Constituição", argumentou. "A secretaria de Segurança Pública do DF não tem atribuição operacional", alegou.