Deltan Dallagnol ataca Lula e ministro Zanin ao compartilhar foto

Cristiano Zanin tirou foto ao lado de Lula durante sua posse no STF

Foto: Ricardo Stuckert
Lula ao lado do ministro Zanin


O ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) compartilhou nesta sexta-feira (4) uma foto postada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu perfil no Twitter. Na imagem, o petista aparece ao lado de seu ex-advogado e novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin.

Na legenda da foto, Dallagnol escreveu: "Corrupção e impunidade têm as mãos dadas no Brasil". A foto mostra Lula e Zanin sorrindo e se cumprimentando com um aperto de mãos.

O registro foi feito na quinta (3) após a posse do novo ministro do STF, indicado por Lula para substituir Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano.

Durante o evento, Zanin foi acompanhado pelo decano, Gilmar Mendes, e o mais novo, André Mendonça, até o plenário. Após o procedimento, Cristiano Zanin fez o juramento e assinou o termo de posse.

Cerca de 350 convidados marcaram presença na cerimônia, entre eles Lula. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ex-ministros do STF, como Cézar Peluso, Nelson Jobim e Carlos Ayres Britto.

A previsão é que Zanin se mantenha no STF até 2050, quando completará 75 anos, prazo limite para a aposentadoria.

Cristiano Zanin foi indicado no começo de junho e teve seu nome aprovado pelos senadores pouco mais de 20 dias depois. Ele vai herdar 534 processos, sendo que 102 aguardam julgamento.


Deltan Dallagnol

Além de compartilhar a foto em que o presidente Lula aparece ao lado do novo ministro do STF, o ex-deputado Deltan também tem sido alvo de atenção por conta de sua própria trajetória política. Em maio deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato de Dallagnol, entendendo que ele deixou o Ministério Público Federal para evitar punições relacionadas a três procedimentos administrativos em sua corregedoria.

De acordo com a lei eleitoral, processos administrativos podem ser motivo para impugnar uma candidatura. Dallagnol nega que tenha entrado na política para evitar punições e afirma que se tornou candidato por vontade própria.