Hacker da 'Vaza Jato' já foi preso por drogas e falsidade ideológica

A PF prendeu Walter Delgatti na manhã desta quarta-feira (2)

Foto: Reprodução: CNN Brasil
Walter Delgatti

A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (2) Walter Delgatti Neto, da "Vaza Jato" . Ele invadiu telefones de autoridades envolvidas com a operação Lava Jato no ano passado. Além dele,  a deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP) também foi alvo da operação com mandados de busca e apreensão no gabinete e no seu apartamento.

Segundo a PF, “os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”.

Prisão de Delgatti

Walter Delgatti tem várias passagens pela polícia. A primeira prisão ocorreu em 2015, quando foi preso por falsidade ideológica ao dizer que era um delegado e que estava com armamento no carro.

No ano de 2017, ele foi detido por tráfico de drogas e falsificação de documentos,. Dois anos depois, Delgatti foi preso pela Operação Spoofing em que a PF buscava uma "organização criminosa que praticava crimes cibernéticos".

Em 2020, ele passou a responder em liberdade pela invasão, precisando utilizar tornozeleira eletrônica e proibido de usar a internet.

Neste ano, em junho, ele foi preso novamente sob a acusação de sair de Campinas, cidade do interior de São Paulo, sem autorização da Justiça. Era necessária uma autorização prévia para deixar a cidade, por ser uma das medidas cautelares impostas quando ele foi preso em 2019.

Ainda, semanas atrás, ele afirmou à PF que cuidava das redes sociais e do site de Zambelli, descumprindo a condição imposta para a liberdade provisória. Dias depois, ele foi solto e voltou a utilizar a tornozeleira eletrônica.


Relação com Zambelli

Delgatti já confessou que Zambelli o financiava para fazer diversas irregularidades, incluindo tentativas de invasão das urnas eletrônicas, celulares de ministros do STF, além dos sistemas do TSE e CNJ.

Ele resolveu contar tudo à PF com medo de sofrer represálias e até mesmo ser morto por “queima de arquivo” , de acordo com o jornalista Octaviano Guedes, da GloboNews.