Moraes autoriza busca por armas, celular e passaporte contra Zambelli

A deputada é investigada por um ataque hacker ao sistema do CNJ

Foto: redacao O Dia.com.br (IG)
Diagnosticada com Covid, Zambelli é desmentida pela própria assessoria







O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a Polícia Federal a realizar quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), sendo três em Brasília (inclusive seu gabinete na Câmara) e um no interior de São Paulo.

A operação também mira Walter Delgatti , hacker que ficou conhecido por invadir equipamentos de autoridades e entregá-los à imprensa, dando origem à série de reportagens “Vaza Jato”. 

O caso começou a tramitar na Justiça Federal, mas foi para o Supremo devido ao suposto envolvimento de Zambelli, que tem prerrogativa de foro privilegiado por ser deputada.  No despacho de hoje, Moraes fez uma ressalva para que a PF evitasse a "exposição midiática" no cumprimento dos mandados.



"A autoridade policial responsável pelo cumprimento dos mandados deverá evitar a exposição indevida, especialmente no cumprimento da medida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, ficando a seu critério a utilização ou não de uniforme e respectivos armamentos necessários à execução da ordem", pediu o ministro.

Em nota, a PF informou que a operação 4FA, como está sendo chamada, investiga a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça para inserir documentos e alvarás falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) entre 4 e 6 de janeiro de 2023.

Na ocasião, foram inseridos no sistema do CNJ um alvará falso de prisão do ministro Alexandre de Moraes e 11 alvarás de soltura para pessoas presas por diferentes delitos.