O deputado federal Aécio Neves (PSDB) foi absolvido por unanimidade nesta quinta-feira (27) pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, da acusação de corrupção passiva. Além dele, a irmã dele, Andrea Neves, o primo, Frederico Pacheco de Medeiros, e o ex-assessor parlamentar de Mendherson Souza Lima também foram absolvidos.
No ano de 2017, Aécio foi acusado pelo Ministério Público Federal de receber dinheiro do empresário Joesley Batista. Como permuta, o então senador trabalharia em favor do Grupo J&F no Congresso Nacional.
Segundo Batista, ele teria dado R$ 2 milhões a Aécio Neves, pago em quatro parcelas de R$ 500 mil, entre fevereiro e maio de 2017.
Em nota, os advogados de Aécio Neves, Alberto Toron e Luiza Oliver, afirmaram que "o valor de R$ 2 milhões foi reconhecido como um adiantamento da transação e não como propina”.
Na época, o tucano foi gravado por Joesley Batista falando sobre o pagamento de R$ 2 milhões. A gravação foi enviada ao MPF em um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato.
De acordo com Toron, a gravação “foi previamente arquitetada, com auxílio de membros do Ministério Público, (...) a fim de garantir aos delatores os melhores benefícios no acordo que firmaram com a Procuradoria-Geral da República”.
A defesa disse ainda que os desembargadores entenderam que não foi comprovado que os valores recebidos por Aécio foram ilícitos.