O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu nesta quarta-feira (19) manter a prisão de Antônio Claudio Alves Ferreira, acusado de participar dos atos terroristas e golpistas ocorridos em 8 de janeiro. O rapaz foi detido por destruir um relógio do século 17 no Palácio do Planalto.
De acordo com Moraes, a manutenção da prisão é necessária para o avanço das apurações da justiça. Em sua decisão, ele destacou que a restrição da liberdade do acusado é essencial para identificar outras pessoas envolvidas nos atos criminosos.
“A restrição da liberdade do acusado é medida imprescindível também para a identificação das demais pessoas que participaram dos atos criminosos", escreveu o ministro na decisão.
Antônio Claudio Alves Ferreira está detido desde 23 de janeiro na cidade de Uberlândia. Durante seu depoimento à Polícia Federal, ele optou por permanecer em silêncio, não fornecendo informações adicionais sobre o episódio.
O relógio destruído era um presente da Corte Francesa para Dom João VI e possuía grande valor histórico. Balthazar Martinot, relojoeiro do rei francês Luís XIV, foi o responsável por sua criação.
Vídeos das câmeras de segurança do circuito interno do Planalto mostraram Ferreira jogando o relógio enquanto vândalos depredavam a sede do Executivo federal. A destruição do relógio causou indignação e preocupação com a preservação do patrimônio histórico brasileiro.
Com a decisão de Alexandre de Moraes em manter a prisão de Antônio Claudio Alves Ferreira, as investigações sobre os atos golpistas e a identificação de outros envolvidos poderão prosseguir, tendo como objetivo responsabilizar todos os responsáveis pelos danos causados ao Palácio do Planalto.