Roberto Mantovani, um dos empresários que a grediu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, na Itália já foi candidato no ano de 2004 ao cargo de prefeito na cidade de Santa Bárbara D'Oeste, no interior de São Paulo pelo PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mantovani perdeu as eleições na época. Ele é um empresário atualmente e junto a mais duas pessoas hostilizou o magistrado quando o encontrou na capital italiana, segundo a Polícia Federal.
À Folha de São Paulo, ele negou ter xingado o ministro do STF: “O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro. Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele”.
Na sexta-feira (14), Moraes foi xingado e teve seu filho agredido por um dos suspeitos. O magistrado participou do Fórum Internacional de Direito da Universidade de Siena. Enquanto aguardava o voo, o ministro foi abordado pelos brasileiros e ouviu as ofensas e palavras de baixo calão.
Uma mulher chamou o ministro do STF de “bandido, comunista e comprado”. Outros dois homens, Alex Zanatta e Roberto Mantovani Filho aderiram ao coro.
Ontem (15), a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar três pessoas que hostilizaram o ministro. A corporação não informou se pretende ouvir os suspeitos nos próximos dias. O ministro da Justiça, Flávio Dino, ligou para Moraes, prestou solidariedade e garantiu uma investigação assídua da corporação.
Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que vai 'tomar medidas cabíveis' sobre agressões a Moraes.